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Paulo Freire • 19 de Setembro de 1921 • Biografia

Educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis da pedagogia mundial, tendo influenciado muitos movimentos. Destacou-se na área da educação popular, com a escolarização e formação de consciência política. Foi o brasileiro mais homenageado da história, com 29 títulos de Doutor Honoris Causa

Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro.

É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial,[1] tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

É também o Patrono da Educação Brasileira.

Sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado.

Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.

Autor de Pedagogia do Oprimido, livro que propõe um método de alfabetização dialético, se diferenciou do “vanguardismo” dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.[2]

Foi o brasileiro mais homenageado da história

Ganhou 29 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América; e recebeu diversos galardões como o prêmio da UNESCO de Educação para a Paz em 1986.[3][4][5][6][7]

Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.[8]

Biografia


Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife.

Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco e de Edeltrudes Neves Freire, Dona Tudinha, Paulo teve uma irmã, Stela, e dois irmãos, Armando e Temístocles.

A irmã Stela foi professora primária do Estado. Armando, funcionário da Prefeitura da Cidade do Recife, abandonou os estudos aos 18 anos, não chegou a concluir o curso ginasial. Temístocles entrou para o Exército.

Aos dois, Paulo agradece emocionado, em uma de suas entrevistas a Edson Passetti, pois começaram a trabalhar muito jovens, para ajudar na manutenção da casa e possibilitar que Paulo continuasse estudando.

Painel no CEFORTEPE da Secretaria Municipal de Educação de Campinas.

Sua família fazia parte da classe média, mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização.

Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.

O talento como escritor o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda.[10]

Paulo Freire e a esposa Elza.

Em 1944, uniu-se em matrimônio com a colega de trabalho Elza Maia Costa de Oliveira, casamento este que durou até o ano de 1986, quando sua esposa morreu.

Dois anos depois, em 1988, o educador casou-se com a também pernambucana Ana Maria Araújo, apelidada de “Nita”, que além de conhecida desde a infância era sua orientada no programa de mestrado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde foi professor.

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Ambas as esposas foram reconhecidas por Paulo como importantes em sua carreira, inclusive quando o educador dedicou seu título de Doutor Honoris Causa na PUC de São Paulo “à memória de uma e à vida da outra”.[12]

Em 1946, Freire foi indicado ao cargo de diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco, onde iniciou o trabalho com analfabetos pobres.

Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, no mesmo ano,[13] realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire.

Seu grupo foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias.

Em resposta aos eficazes resultados, o governo brasileiro (que, sob o presidente João Goulart, empenhava-se na realização das reformas de base) aprovou a multiplicação dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os “círculos de cultura”) pelo País.

Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano, o golpe militar extinguiu esse esforço.

Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias.

Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.

Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade, baseado fundamentalmente na tese Educação e Atualidade Brasileira, com a qual concorrera, em 1959, à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade do Recife. 

O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade Harvard em 1969.

No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em várias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970) e até o hebraico (em 1981).

Em razão da rixa política entre a ditadura militar e o socialismo cristão de Paulo Freire,[14] ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o general Geisel assumiu a presidência do país e iniciou o processo de abertura política.

Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.[15]

Com a Anistia em 1979 Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em 1980.

Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo, e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986.

Quando o PT venceu as eleições municipais paulistanas de 1988, iniciando-se a gestão de Luiza Erundina (1989-1993), Freire foi nomeado secretário de Educação da cidade de São Paulo.

Exerceu esse cargo de 1989 a 1991.

Dentre as marcas de sua passagem pela secretaria municipal de Educação está a criação do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de Educação de Jovens e Adultos que até hoje é adotado por numerosas prefeituras e outras instâncias de governo.

Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as ideias de Freire.

O instituto mantém até hoje os arquivos do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e mundial.[16]

Escultura em Estocolmo, Suécia. Paulo Freire (segundo da esq. p. dir.) ao lado de Pablo Neruda e outros.

Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em uma operação de desobstrução de artérias.

O Estado Brasileiro, por meio do Ministério da Justiça, no Fórum Mundial de Educação Profissional de 2009, realizado em Brasília, fez o pedido de perdão post mortem à viúva e à família do educador, assumindo o pagamento de “reparação econômica”.[17]

Contribuições teóricas

“Não existe tal coisa como um processo de educação neutra. Educação ou funciona como um instrumento que é usado para facilitar a integração das gerações na lógica do atual sistema e trazer conformidade com ele, ou ela se torna a ‘prática da liberdade’, o meio pelo qual homens e mulheres lidam de forma crítica com a realidade e descobrem como participar na transformação do seu mundo.”

Paulo Freire contribuiu com uma filosofia da educação que veio não só das abordagens mais clássicas decorrentes de Platão, mas também de pensadores marxistas e anticolonialistas modernos.

De muitas maneiras a sua obra Pedagogia do Oprimido (1970) pode ser melhor lida como uma extensão, ou de resposta, de Os Condenados da Terra (1961) de Frantz Fanon, que enfatizava a necessidade de dotar as populações nativas com uma educação que era ao mesmo tempo nova e moderna (em vez de tradicional) e anticolonial (e não simplesmente uma extensão da cultura do colonizador).

Na Pedagogia do Oprimido (1970), Freire reprisa a distinção entre opressores e oprimidos e diferencia entre as posições em uma sociedade injusta: o opressor e o oprimido.

Freire não faz nenhuma referência direta a sua influência mais direta para a distinção, que remonta, pelo menos, na medida em que Hegel em 1802.

Freire defende que a educação deve permitir que os oprimidos possam recuperar o seu senso de humanidade e, por sua vez, superar a sua condição.

No entanto, ele reconhece que para que isso ocorra, o indivíduo oprimido deve desempenhar um papel na sua libertação.

Como ele afirma:

“Nenhuma pedagogia que seja verdadeiramente libertadora pode permanecer distante do oprimido, tratando-os como infelizes e apresentando-os aos seus modelos de emulação entre os opressores. Os oprimidos devem ser o seu próprio exemplo na luta pela sua redenção. Da mesma forma, os opressores devem estar dispostos a repensarem seu modo de vida e a examinarem seu próprio papel na opressão. Se a verdadeira libertação deve ocorrer, aqueles que autenticamente se comprometem com o povo, devem reexaminar-se constantemente” (Freire, 1970, p. 60).

Freire acredita que a educação é um ato político que não pode ser divorciado da pedagogia.

Ele definiu este como um princípio principal da pedagogia crítica.

Professores e alunos devem estar cientes das “políticas” que cercam a educação. A forma como os alunos são ensinados e o que lhes é ensinado serve a uma agenda política. Professores, eles próprios, têm noções políticas que trazem para a sala de aula (Kincheloe, 2008).[20]

Freire acredita que “a educação faz sentido porque as mulheres e homens aprendem que através da aprendizagem podem fazerem-se e refazerem-se, porque mulheres e homens são capazes de assumirem a responsabilidade sobre si mesmos como seres capazes de conhecerem.” (Freire, 2004, p. 15).[21]

Paulo Freire como Secretário da Educação da cidade de São Paulo, em 1989 – Foto de Carlos Goldgrub – Folhapress.

Modelo bancário de educação

Em termos de pedagogia, Freire é mais conhecido por seu ataque sobre o que chamou de conceito “bancário” da educação, em que o aluno é visto como uma conta vazia a ser preenchida pelo professor.

Ele observa que “transformar os alunos em objetos receptores é uma tentativa de controlar o pensamento e a ação, leva homens e mulheres a ajustarem-se ao mundo e inibe o seu poder criativo” (Freire, 1970, p. 77).

Esta crítica básica não era nova – a concepção da criança como um aprendiz ativo de Rousseau já era um passo de tabula rasa (que é basicamente o mesmo que o “conceito bancário”).

Além disso, pensadores como John Dewey também são fortemente críticos da transmissão de meros fatos como o objetivo da educação.

Dewey muitas vezes descrevia a educação como um mecanismo de mudança social, explicando que “a educação é um regulamento do processo de vir a partilhar a consciência social; e que o ajustamento da atividade individual com base nessa consciência social é o único método seguro de reconstrução social” (1897, p. 16).

O trabalho de Freire, no entanto, atualizou o conceito e colocou-o em contexto com as teorias e práticas de educação atuais, que estabelece as bases para o que hoje é chamado pedagogia crítica.[22]

Paulo Freire fala nas Ilhas Fiji, promovendo seu método de alfabetização para adultos.

Cultura do silêncio

Segundo Freire, o sistema de relações sociais dominantes cria uma “cultura do silêncio”, que infunde uma autoimagem negativa, silenciada e suprimida aos oprimidos.

O aluno deve desenvolver uma consciência crítica, a fim de reconhecer que esta cultura do silêncio é criada para oprimir.[23]

A cultura do silêncio também pode fazer com que os “indivíduos dominados percam o meio pelo qual respondem de forma crítica à cultura que é forçada sobre eles pela cultura dominante”.[24]

A dominação social de raça e classe é entrelaçada no sistema de ensino convencional, através do qual a “cultura do silêncio” elimina os “caminhos de pensamento que levam a uma linguagem crítica”.[25]

Mural de Paulo Freire na Faculdade de Educação e Humanidades da Universidade do Bío-Bío, no Chile.

Impacto internacional

Os principais expoentes de Freire na América do Norte são Henry Giroux, Peter McLaren, Donaldo Macedo, Joe L. Kincheloe, Carlos Alberto Torres, Ira Shor e Shirley R. Steinberg.

Um dos textos editados por McLaren, Paulo Freire: A Critical Encounter, expõe sobre o impacto de Freire no campo da educação crítica. McLaren também fornece um estudo comparativo entre Paulo Freire e o ícone revolucionário argentino Che Guevara.

O trabalho de Freire influenciou o movimento chamado “matemática radical” nos Estados Unidos, que enfatiza questões de justiça social e pedagogia crítica como componentes de currículos de matemática.[26]

Na África do Sul, as ideias e métodos de Freire foram fundamentais para o Movimento da Consciência Negra (em inglês: Black Consciousness Movement), muitas vezes associado com a figura de Steve Biko, na década de 1970.[27][28]

Há um projeto sobre Paulo Freire na Universidade de KwaZulu-Natal em Pietermaritzburg.[29]

Sérgio Guimarães e Paulo Freire.

Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi criado em São Paulo para ampliar e elaborar as suas teorias da educação popular.

O instituto já tem projetos em muitos países e está sediada na Escola de Educação e Estudos de Informação da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde arquivos de Freire são mantidos.

O diretor é o Dr. Carlos Torres, professor da UCLA e autor de livros freireanos incluindo A praxis educativa de Paulo Freire (1978).

Desde a publicação da edição anglófona da obra Pedagogia do Oprimido, Freire alcançou status quase icônico em programas de formação de professores dos Estados Unidos.[30]

Em 2016, duas pesquisas demonstram o impacto de sua obra a nível mundial.

A Open Syllabus pesquisou em mais de um milhão de programas de estudos de universidades dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia e descobriu que Pedagogia do Oprimido é o 99º livro mais citado, fazendo do pedagogo o único brasileiro entre os 100 mais citados e o o segundo melhor colocado no campo da educação, perdendo apenas para Teaching for Quality Learning in University: What the Student Does, de John Biggs.[31]

Uma pesquisa da London School of Economics descobriu que Pedagogia do Oprimido é o terceira livro mais citado mundialmente na área das Ciências Sociais, segundo dados do Google Acadêmico.[32]

Ofensas na Wikipédia

Em 28 de junho de 2016 um texto que ofendia Paulo Freire, publicado originalmente por um think tank defensor do neoliberalismo chamado Instituto Liberal,[33] foi inserido em sua biografia na Wikipédia.

Apesar da edição ter sido revertida após 9 minutos,[34] a viúva de Freire, Ana Maria Araújo Freire, ao tomar conhecimento do fato e saber que a edição foi feita através dos servidores controlados pelo Serpro, o Serviço Federal de Processamento de Dados, protestou em carta pública dirigida ao então Presidente da República em exercício, Michel Temer.[35]

Paulo Freire e a esposa Ana Maria, a Nita, como era chamada.

Segundo ela:

“É inconcebível que numa sociedade democrática se divulgue frases carregadas de ódio e de preconceito como: “Paulo Freire e o Assassinato do Conhecimento” – absurda e ironicamente, no ano em que Paulo Freire está sendo considerado nos Estados Unidos como o terceiro maior intelectual do mundo, de toda a história da humanidade, mais citado, portanto mais estudado, nas universidade norte-americanas, que, a princípio, são contra o marxismo”.[36]

Honrarias

  • 29 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e América;[3]
  • King Baudouin International Development Prize de 1980, entregue pela Fundação King Baudouin, que tem como objetivo servir a sociedade. Paulo Freire foi a primeira pessoa a receber o prêmio. Ele foi nomeado pelo Dr. Mathew Zachariah, Professor de Educação na Universidade de Calgary;[37]
  • Prêmio de Excelência para Educadores Cristãos, 1985;[38]
  • Prêmio de Educação para a Paz da UNESCO, 1986;
  • Incluído no International Adult and Continuing Education Hall of Fame, 2008;[39]
  • Uma escola pública independente de Holyoke, Massachusetts, nomeou-se “Paulo Freire Social Justice Charter School”, aprovado pelo Estado em 28 de fevereiro de 2012;[40]

Obras

CITAÇÃO

Paulo Freire – O eterno realinhar

“Não há vida sem correção, sem retificação. Mudar é difícil mas é possível.”

Paulo Freire / Fonte: Pensador

Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire

(Recife, 19 de setembro de 1921São Paulo, 2 de maio de 1997)

ARTIGO NO G1, HOJE

100 anos de Paulo Freire: veja 6 ensinamentos do educador que ainda são atuais

FONTEPor Luiza Tenente, G1

Conhecido desde 2012 como “Patrono da Educação Brasileira”, Freire atuou principalmente na educação de adultos em áreas proletárias de Pernambuco.

 

Veja aspectos de seu legado que ainda podem ser aplicados nas escolas e universidades, segundo estudiosos.


O educador e filósofo Paulo Freire posa para foto durante entrevista concedida para o Grupo Estado em SP, em 1993. — Foto: Clovis Cranchi/Estadão Conteúdo/ArquivoO educador e filósofo Paulo Freire posa para foto durante entrevista concedida para o Grupo Estado em SP, em 1993. — Foto: Clovis Cranchi/Estadão Conteúdo/Arquivo

Neste 19 de setembro de 2021, o recifense Paulo Freire completaria 100 anos. Segundo estudiosos ouvidos pelo G1, as ideias do educador continuam representando um norte para escolas e universidades que veem a sala de aula como mecanismo de transformação social.

“Por vivermos tempos repressivos, o legado dele volta ainda com mais força”, afirma Walkyria Monte Mór, professora da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Projeto Nacional de Letramentos: Linguagem, Cultura, Educação e Tecnologia.

Desde 2012, Freire passou a ser considerado por lei o “Patrono da Educação Brasileira”. Seu trabalho é reconhecido mundialmente: ele tem títulos em 41 instituições de ensino, como nas universidades de Harvard, Cambridge e Oxford.

Em livros como “Pedagogia do Oprimido”, o mais famoso deles, o autor defende o papel primordial da educação no processo de conscientizar o povo e levá-lo ao senso crítico.

Abaixo, veja em que aspectos o legado de Paulo Freire ainda pode ser considerado atual, na visão de três professores que estudam sua obra:

1- Importância de compreender a realidade do aluno

Freire defendia a teoria chamada “pedagogia do afeto”, explica Kleber Silva, professor da Universidade de Brasília (UnB).

“Ele dizia que o professor deveria ser sensível à história de vida dos alunos, resgatando seus sofrimentos, mazelas e cicatrizes. A partir dessa vivência, o conhecimento seria construído.”

Na prática, isso ocorreria por meio do diálogo aberto, com empatia e constantes trocas de conhecimento.

Pensando em um contexto atual: para uma aprendizagem efetiva, um professor que recebe os alunos nas salas de aula, após mais de um ano de escolas fechadas, não deve se atentar somente ao cumprimento de currículos. Precisa praticar a afetividade e “abrir a porta” para a conversa.

Dessa forma, para Freire, o estudante entenderá que também pode contribuir com o desenvolvimento de todos, descobrirá mais sobre sua identidade e ficará mais interessado e criativo.


Paulo Freire concede entrevista ao Jornal da Tarde, ao voltar do exílio (1979), em sua casa na cidade de São Paulo. — Foto: João Pires/Estadão Conteúdo/ArquivoPaulo Freire concede entrevista ao Jornal da Tarde, ao voltar do exílio (1979), em sua casa na cidade de São Paulo. — Foto: João Pires/Estadão Conteúdo/Arquivo

2- Alfabetização de adultos

Nas décadas de 1950 e 1960, Freire dedicou-se à educação de adultos em áreas proletárias (urbanas e rurais) de Pernambuco.

Pelo método de alfabetização que até hoje leva seu nome (e que foi colocado em prática pela primeira vez em Angicos, no Rio Grande do Norte, em 1962), as aulas partem de elementos do cotidiano dos alunos analfabetos.

Em vez de tomar como base “frases feitas” de apostilas, como “o bebê babou”, o educador baseia-se no vocabulário que faz parte do dia a dia do trabalhador: “cana”, “enxada”, “terra” e “colheita”, no caso de uma turma de agricultores.

“É tudo feito a partir do contexto-realidade dos alunos. O método fônico, por exemplo, defendido pelo governo atualmente, foca o processo de alfabetização nos sons, a partir de frases distantes da realidade das crianças. Freire defende o contrário: que as aulas trabalhem a partir do contexto dos alunos”, diz a professora da USP.

3- Formação de cidadãos críticos

Monte Mór, docente da USP, afirma que, pelos ensinamentos de Paulo Freire, “o aluno percebe que tudo o que aprende é fruto do olhar de certas pessoas.”

“Os estudantes precisam ter essa consciência sobre ponto de vista, para aprenderem a ter outras perspectivas de um mesmo fato e chegarem ao desenvolvimento do senso crítico”, explica.

Esse aspecto da obra freireana é o que gera tanta resistência de certos grupos ideológicos, segundo a professora. O ex-ministro Abraham Weintraub, por exemplo, chegou a dizer que o pedagogo “representa o fracasso total e absoluto” dos índices de educação no Brasil.

“Paulo Freire foi um revolucionário que tentou mostrar as mazelas sociais. Quanto mais tivermos seres pensantes, menos isso é interessante para quem está no poder”, afirma Rosana Nunes, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“A partir do momento em que temos alunos problematizadores, que não aceitam de imediato o que é ensinado, teremos menos pessoas alienadas. Isso nem sempre é interessante para a política brasileira”, diz.

4- Combate às fake news

Freire pregava que a educação deveria ser um processo bilateral, em que o professor também “é um aluno”. É um combate à ideia da educação tradicional, em que o docente ensina, e o os estudantes são “receptáculos vazios” que apenas escutam o que é dito.

“Um aluno com consciência freireana lê um texto e reage; não aceita fake news, porque tem senso crítico. Vai captar o que é dito [em uma mensagem falsa] e ver o que está por trás disso, com que interesse foi produzido, em qual contexto”, exemplifica Silva, da UnB.

5- Respeito às diferenças

Walkyria Monte Mór expõe que a pedagogia de Paulo Freire “ajuda a construir a identidade das pessoas”.

“Elas entendem que existiu um projeto [na educação tradicional] de instituir o que é certo e o que é errado. Passam a perceber que há outras formas e ideias que não podem ser consideradas inferiores.”

Um exemplo apresentado por Monte Mór é o ensino da gramática normativa. Dependendo de como a aula for ministrada, o estudante pode entender que determinados modos de falar e escrever são menos respeitáveis do que aqueles que obedecem à norma padrão da língua.

“Quando a gente entende que existem diferenças culturais e subjetivas, começa a formar jovens mais tolerantes”, diz a professora.

6- Empoderamento dos mais pobres

Quando Freire escreve que a educação é para todos, “refere-se aos que estão à margem da sociedade”, explica Silva, da UnB. “São os indígenas, os surdos, os pobres, os negros. É dar oportunidade e empoderar essas pessoas por meio da educação.”

Segundo Walkyria Monte Mor, a política de cotas em universidades, por exemplo, é um movimento freireano.

“Aos poucos, estamos nos abrindo para esse processo de mudança.”

 

Painelcvsobre Paulo Freire no CEFORTEPE - Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional Prof. "Milton de Almeida Santos", em Campinas (SP)

Crédito, LUIZ CARLOS CAPPELLANO/DOMINIO PUBLICO

Paulo Freire está entre os pensadores mais citados do mundo

Esta reportagem foi publicada originalmente no dia 12 de janeiro de 2019 e republicada em 19 de setembro de 2021, data do aniversário de cem anos do nascimento de Paulo Freire.

FONTE

BBC BRASIL

Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil

Tratada pelo governo Bolsonaro como bode expiatório da má qualidade do ensino público brasileiro, a obra do educador Paulo Freire (1921-1997) pode ser controversa. Mas o trabalho do pedagogo e filósofo, nomeado em 2012 patrono da educação brasileira e autor de um método de alfabetização que completou 50 anos em 2013, não deixa de ser bastante relevante nas discussões mundiais sobre pedagogia.

Freire é estudado em universidades americanas, homenageado com escultura na Suécia, nome de centro de estudos na Finlândia e inspiração para cientistas em Kosovo. De acordo com levantamento do pesquisador Elliott Green, professor da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, na Inglaterra, o livro fundamental da obra do educador, ‘Pedagogia do Oprimido’, escrito em 1968, é o terceiro mais citado em trabalhos acadêmicos na área de humanidades em todo o mundo.

Para especialistas em educação ouvidos pela BBC News Brasil, entretanto, a raiz da controvérsia em torno da pedagogia de Paulo Freire não é sua aplicação em si – mas o uso político-partidário que foi feito dela, historicamente e, mais do que nunca, nos dias atuais. “Li a maior parte dos livros dele. Minha tese de doutorado foi amplamente baseada em seus ensinamentos. Tenho aplicado seu método de várias maneiras em minha carreira profissional, na prática e na pesquisa”, afirmou a pedagoga Eeva Anttila, professora da Universidade de Artes de Helsinque, na Finlândia.

“A maior vantagem de sua metodologia é a abordagem anti-opressiva e não autoritária, a pedagogia dialógica e respeitosa que ele promoveu. O problema é que suas ideias têm sido usadas para fins políticos – o que, em meu entendimento, nunca foi seu propósito inicial”, disse a finlandesa.

Freire tornou-se conhecido a partir do início dos anos 1960. Ele desenvolveu um método de alfabetização de adultos baseado nos contextos e saberes de cada comunidade, respeitando as experiências de vida próprias do indivíduo. Aplicou o modelo pela primeira vez em um grupo de 300 trabalhadores de canaviais em Angicos, no Rio Grande do Norte. De acordo com os registros da época, a alfabetização ocorreu em tempo recorde: 45 dias.

Homenagens pelo mundo

Referência mundial em qualidade do ensino, a Finlândia conta, desde 2007, com um espaço dedicado a discutir a obra do educador brasileiro. O Centro Paulo Freire Finlândia fica na cidade de Tampere. “É um hub para os interessados em Paulo Freire e em seu legado para tornar o mundo mais igualitário e justo”, de acordo com a definição da própria instituição. Eles publicaram, online, três livros com artigos – em finlandês – analisando a obra do brasileiro. O material teve 17 mil downloads.


Mural de Paulo Freire na Faculdade de Educação e Humanidades da Universidade do Bío-Bío, no Chile

Crédito, NEFANDISIMO /CC BY-SA 4.0

Um mural retratando o pedagogo pernambucano na Universidade do Bío-Bío, no Chile


Há centros de estudos semelhantes, todos batizados com o nome do brasileiro, na África do Sul, na Áustria, na Alemanha, na Holanda, em Portugal, na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá. Na Suécia, Freire é lembrado em um monumento público. Localizada no subúrbio de Estocolmo, ‘Depois do Banho’ é uma obra em pedra-sabão esculpida entre 1971 e 1976 pela artista Pye Engström. Sentadas lado a lado, estão retratadas sete personalidades com apelo político, como o poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973), a escritora sueca Sara Lidman (1923-2004) e a sexóloga norueguesa Elise Ottesen-Jensen (1886-1973).

Mas a obra do educador brasileiro está longe de ser unanimidade entre os países que costumam liderar o ranking Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Em Cingapura, que apareceu na primeira colocação na edição 2016 da avaliação trienal realizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com escolas conhecidas por adotar um método linha-dura, a BBC News Brasil procurou a mais importante instituição de ensino superior do país para saber se algum pesquisador comentaria a obra do brasileiro Paulo Freire.

Professor destacado pela assessoria de comunicação da Universidade Nacional de Cingapura para atender à reportagem, Kelvin Seah disse que “não era a melhor pessoa para comentar sobre Paulo Freire”. “Eu não sou familiarizado com seu método”, afirmou.


Retrato de Paulo Freire

Crédito, INSTITUTO PAULO FREIRE


Convidado a comentar sobre qual seria o método mais adequado ao contexto brasileiro, o especialista recomendou que os gestores analisassem caso a caso. “O método mais apropriado para os alunos em uma escola depende do perfil dos alunos da escola, do treinamento prévio recebido pelos professores, bem como dos recursos de instrução e financeiros disponíveis para a escola.”

Pedagogia do diálogo nos Estados Unidos

Em artigo acadêmico analisando o legado de Paulo Freire pelo mundo, o professor de filosofia da educação da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, Ronald David Glass aponta que o mérito de Paulo Freire está no método que valoriza a “consciência crítica, transformadora e diferencial, que emerge da educação como uma prática de liberdade”.

“Paulo Freire viveu sua vida no espaço desta consciência; é por isso que inspirou e energizou pessoas no mundo inteiro, e é por isso que seu legado se prolongará muito além de qualquer horizonte que possamos enxergar agora”, escreveu o professor. “Freire sempre estava buscando se tornar mais humano, tornar possível que outros fossem mais humanos e, se acolhermos esta busca com tanto amor e determinação quanto ele, então uma maior medida de justiça e democracia estará ao alcance.”

Professor da Faculdade de Educação da Universidade Cristã do Texas, Douglas J. Simpson causou certa polêmica no meio acadêmico ao publicar, anos atrás, um artigo intitulado ‘É Hora de Engavetar Paulo Freire?’. “Na verdade, não acho que suas ideias devam ser arquivadas”, esclareceu ele à BBC News Brasil. “Meu texto foi pensado para atrair a atenção daqueles que acham que sempre estamos recorrendo a Freire. Pessoalmente, acho importante descobrir de novo ou pela primeira vez por que precisamos combinar uma forte paixão reflexiva ‘freireana’, de respeito e amor, a pessoas carentes de justiça pessoal.”


Retrato de Paulo Freire

Crédito, Instituto Paulo Freire


Simpson afirma que a pedagogia baseada no diálogo é fundamental “para que a educação e a democracia prosperem, ou pelo menos sobrevivam”. Ele culpa justamente a falta de diálogo pelo fato de as sociedades – e as escolas – estarem fortemente polarizadas politicamente. “Não temos sido efetivamente ensinados a praticar o diálogo nas escolas, muito menos nos governos.” Para o professor, Paulo Freire ensinou, acima de tudo, que precisamos aprender “a ouvir, a entender e a respeitar uns aos outros” e a “trabalhar juntos nos problemas”.

Considerando o contexto brasileiro, Simpson acredita que não deveria haver uma padronização – ou seja, que as escolas não deveriam seguir todas o mesmo método pedagógico. “As escolas precisam de culturas e responsabilidades que se baseiem em uma ética profissional, políticas e práticas meritórias”, disse. Para ele, os métodos são necessários, “mas devem ser vistos como revisáveis, porque as escolas, sociedades, trabalhos e aprendizados são dinâmicos”. “A padronização nas escolas muitas vezes leva a uma inércia indevida, de mesmice, de regulamentação estéril”, complementou.

Nos anos 1970, o pedagogo John L. Elias, então professor da Universidade de Nova Jersey, escreveu muito a respeito de Paulo Freire. O educador brasileiro foi tema de sua tese de doutorado. Em texto de 1975, Elias apontou “sérios problemas no método” do brasileiro.

“A teoria da aprendizagem de Freire está subordinada a propósitos políticos e sociais. Tal teoria se abre para acusações de doutrinação e manipulação”, afirmou ele. “A teoria de Freire da aprendizagem é doutrinária e manipuladora?”, provocou.


A escultura "after Bath", em Estocolmo

Crédito, bergnt oberger/ CC BY-SA 3.0/ PAULO FREIRE FINLAND

Paulo Freire é a segunda figura, da esq. para a dir., nesta escultura de 1976 de Nye Engström. A obra fica em Estocolmo, na Suécia


Elias apontou que o educador brasileiro via “os sistemas educacionais do Terceiro Mundo como o principal meio que as elites opressoras usam para dominar as massas”. “Conhecimento e aprendizado são políticos para Freire, porque eles são o poder para aqueles que os geram, como são para aqueles que os usam”, argumentou.

Professora de Educação Internacional e Comparada na Faculdade dos Professores da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, Regina Cortina já abordou a metodologia de Paulo Freire em diversos estudos sobre educação na América Latina, mas disse à BBC News Brasil que não se sentia “confortável” em comentar o tema no momento “por causa das mudanças administrativas no Brasil”. Cortina afirmou, por meio da assessoria de imprensa da universidade, que não é possível vislumbrar com clareza “como as coisas vão seguir nas escolas brasileiras”.


REPRODUÇAO DA CAPA DO LIVRO PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, DA EDITORA PAZ E TERRA

Crédito, EDITORA PAZ E TERRA/ REPRODUCAO • Principal obra de Freire, “Pedagogia do Oprimido” foi escrito em 1968, mas só foi publicado no Brasil anos depois, em 1974

Quais as ideias de Freire?

Para Freire, o ensino ocorre a partir do diálogo entre professor e aluno, desenvolvendo assim capacidade crítica e preparando os estudantes para sua emancipação social. No jargão do meio, o método Freire é o oposto ao conceito “bancário” de educação – aquele no qual o professor “deposita” o conhecimento nas mentes dos alunos. Para Freire, a educação é construída em conjunto.

O método Paulo Freire chegou a ser adotado pelo governo de João Goulart (1919-1976) em esforços para alfabetização de adultos. Com a ditadura militar, entretanto, o educador passou a ser perseguido, chegou a ser preso por 70 dias e viveu no exílio na Bolívia e no Chile. Após a publicação da ‘Pedagogia do Oprimido’, em 1968, Freire foi convidado para ser professor visitante na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Reconhecido desde 2012 como o Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire é considerado o brasileiro mais vezes laureado com títulos de doutor honoris causa pelo mundo. No total, ele recebeu homenagens em pelo menos 35 universidades, entre brasileiras e estrangeiras, como a Universidade de Genebra, a Universidade de Bolonha, a Universidade de Estocolmo, a Universidade de Massachusetts, a Universidade de Illinois e a Universidade de Lisboa. Em 1986, Freire recebeu o Prêmio Educação para a Paz, concedido pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura.


Paulo Freire

Crédito, ARQUIVO NACIONAL/ DOMINIO PUBLICO

Paulo Freire em retrato de 1963


Há instituições de ensino que seguem o método Paulo Freire em diversos países. É o caso da Revere High School, escola em Massachusetts que em 2014 foi avaliada como a melhor instituição pública de Ensino Médio nos Estados Unidos. Em Kosovo, um grupo de jovens acadêmicos criou um projeto de ciência cidadã inspirado na pedagogia crítica do brasileiro. Os participantes recebem um kit para monitorar as condições ambientais e, assim, juntos, pressionar o governo por melhorias na área.

“Acredito que seria ótimo que a pedagogia em qualquer escola de qualquer país partisse do pensamento de Freire”, comentou a pedagoga finlandesa Anttila. “Especialmente no Brasil, dada a atual situação política e a história do país.” Ela diz que um método de ensino, para funcionar bem, precisa levar em conta as situações de vida dos alunos. “Não acredito em pedagogia autoritária. As aulas não precisam ser autoritárias. É preciso diálogo, discussão, negociação, exploração. Construir conhecimento para que haja capacidade de expressar ideias e ouvir os outros. Eis a chave para a democracia. E a educação democrática é a única maneira de salvaguardar uma sociedade democrática”, declarou.


Dia da Caridade • 19 de Julho

“Todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.” — Allan Kardec • “Fora da caridade, ou seja, fora do amor não há salvação. A caridade é o processo de somar alegrias, diminuir males, multiplicar esperanças e dividir a felicidade.” — Chico Xavier • “Nunca há excesso na caridade.”…

Hortência Marcari • 23 de Setembro de 1959 • Biografia

Ex-jogadora de basquetebol brasileira e comentarista esportiva. Considerada uma das maiores atletas femininas de todos os tempos. Entrou para o Hall da Fama do Basquetebol Feminino dos EUA, em 2002. Hortência é a maior pontuadora da história da seleção, com 3.160 pontos, marcados em 127 partidas oficiais, média de 24,9 pontos/partida

Ronaldo Fenômeno • 22 de Setembro de 1976 • Biografia

Empresário e ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante, amplamente reconhecido como um dos melhores futebolistas de todos os tempos. Foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA em 1996, 1997 e 2002. Foi o grande nome do pentacampeonato do Brasil, na Copa do Mundo FIFA de 2002

Daniele Suzuki • 21 de Setembro de 1977 • Biografia

Atriz e apresentadora de televisão brasileira. Descendente de japoneses, alemães, italianos e indígenas. Participou do seriado Sandy e Junior, e da Malhação. Apresentou o programa Pé no Chão, do Multishow. Tem trabalhos também no cinema e musicais de teatro. Foi a segunda colocada no quadro “Dança no Gelo 2” do Domingão do Faustão

Sophia Loren • 20 de Setembro de 1934 • Biografia

Atriz e cantora italiana. Começou sua carreira no cinema em 1950; desde os 15 anos apareceu em vários papéis menores, até ser contratada para cinco filmes pela Paramount Pictures. Ganhadora de Oscar, Globo de Ouro e outros prêmios. Estreou seu nome artístico em La Favorita, combinando seu nome com o sobrenome da atriz Märta Torén.

Greta Garbo • 18 de Setembro de 1905 • Biografia

Atriz sueca. Foi eleita pelo Instituto Americano de Cinema como a quinta maior lenda da história da sétima arte. Apesar de sua carreira meteórica, Garbo era misteriosa e solitária, só concedendo quatorze entrevistas durante toda a vida. Em sua carreira, Garbo só compareceu a uma première. Para muitos, a maior atriz de todos os tempos

Negra Li • 17 de Setembro de 1979 • Biografia

Cantora, compositora, rapper e atriz brasileira. Solista do coral da Universidade de São Paulo, ela estuda música e piano e é considerada uma das principais cantoras com sua bela voz de contralto. Em 2006, estrelou o filme ‘Antônia’, que no ano seguinte, virou um seriado homônimo na TV Globo. Premiada pelo Video Music Brasil e o…

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