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O Ator Atrás do Mito

"Povo de Sucupira. É com a alma lavada e enxaguada" • "Vamos botar de lado os entretanto e partir logo pros finalmente" • "Isto deve ser obra da esquerda comunista, marronzista e badernenta" • "Precisamos urgentilissimamente, inaugurar este cemitério" - Odorico Paraguaçu

“Povo de Sucupira. É com a alma lavada e enxaguada …”

– Odorico Paraguaçu

Paulo Gracindo

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo

(Rio de Janeiro, 16 de julho de 1911Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1995)

ator brasileiro

Paulo Gracindo se considerava alagoano, pois foi viver em Maceió ainda bebê.

“Vamos botar de lado os entretanto e partir logo pros finalmente.”

– Odorico Paraguaçu

Fernanda Montenegro e Paulo Gracindo em ‘A Falecida’.

Sonhava ser ator, o pai era um obstáculo, e lhe dizia No dia em que você subir a um palco, saio da plateia e te arranco de lá pela gola.

Paulo Gracindo respeitou a proibição até a morte do pai.

“Isto deve ser obra da esquerda comunista, marronzista e badernenta.”

– Odorico Paraguaçu

Aos vinte anos, mudou-se para o Rio, dormiu na rua e passou fome.

Investiu num namoro com a filha de um português para entrar no grupo de teatro de maior prestígio da época, o Teatro Ginástico Português.

“Precisamos urgentilissimamente, inaugurar este cemitério.”

– Odorico Paraguaçu

Paulo Gracindo e Elizângela em Bandeira 2, novela de Dias Gomes dirigida por Daniel Filho, em 1972.

Num dos primeiros trabalhos, a personagem de Gracindo ficava dois minutos no palco, o que levou um crítico a fazer o seguinte comentário:

“De onde veio esse rapaz que não faz nada e aparece tanto?”

Paulo Gracindo contracena com seu filho, Paulo Gracindo Jr.

Participou das maiores companhias teatrais dos anos 30 e 40.

Fez sucesso na Rádio Nacional, apresentando o Programa Paulo Gracindo.

O filho de Paulo Gracindo, Gracindo Jr, ainda criança.

Com a radionovela O Direito de Nascer, encantou no papel de Alberto Limonta; e no programa de rádio Balança mas Não Cai interpretou, com Brandão Filho, o quadro do Primo Pobre e Primo Rico.

16 de junho - Paulo Gracindo - ator brasileiro

Na televisão fez personagens inesquecíveis, como o Tucão da telenovela Bandeira 2 (1971), o Coronel Ramiro Bastos em Gabriela (1975), o João Maciel de O Casarão (1976), o padre Hipólito de Roque Santeiro (1985) e o Primo Rico, no humorístico Balança mas Não Cai.

“Vamos dar uma salva de palmas a esta figura trepidante

e dinamitosa que foi o Seu Nono.”

– Odorico Paraguaçu

Mas, o mais marcante foi o prefeito Odorico Paraguaçu, de O Bem Amado de Dias Gomes (1973; 1980-1984).

Em 1990, atuou em Rainha da Sucata como o Betinho (Alberto Figueiroa), nas quais tinha um bordão que ficou muito conhecido, o famoso “coisas de Laurinha!”.

Os atores Lima Duarte (esquerda) e Paulo Gracindo contracenam em ‘O Bem Amado’.

Fez poucos filmes, mas foi um dos atores preferidos da geração do Cinema Novo.

Fez um papel em Terra em Transe, de Glauber Rocha. Achava a sétima arte complicada demais: É coisa de chinês, dizia.

Morreu aos 84 anos. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.

“Esta obra entrará para os anais e menstruais de Sucupira e do país.”

– Odorico Paraguaçu

Gracindo Jr. e os filhos na peça ‘Canastrões’

É pai do também ator Gracindo Júnior, e avô dos atores Gabriel Gracindo, Pedro Gracindo e Daniela Duarte.

Carreira

Na televisão

Ano Título Papel
1967 A Rainha Louca Conde Demétrius
1968 A Gata de Vison Pat O’Hara[1]
1970 A Próxima Atração Borges
1971 Bandeira 2 Artur do Amor Divino (Tucão)
O Cafona Fred da Silva Barros
1973 O Bem-Amado Odorico Paraguaçu
Os Ossos do Barão Antenor Camargo Parente de Rendon Pompeo e Taques
1975 Gabriela Ramiro Bastos
1976 O Casarão João Maciel
1978 Sinal de Alerta Tião Borges
1979 Pai Herói Dr. Caio
19801984 O Bem-Amado Odorico Paraguaçu
1984 Caso Verdade, Esperança João Alfaiate
1985 Roque Santeiro Padre Hipólito
1986 Hipertensão Candinho
1987 Mandala Vovô Pepê (Perácio Silveira)
Expresso Brasil Odorico Paraguaçu / Tucão
1990 Rainha da Sucata Betinho (Alberto Figueroa)
1991 Vamp Arlindo Cachorrão
1992 Deus nos Acuda Embaixador Harold Cross
1993 Agosto Emílio

No cinema

Ano Título Papel
1937 João Ninguém  
1938 Tererê não Resolve Homem no Baile
1939 Anastácio Azevedo
Está Tudo Aí Batista
Onde Estás Felicidade? André
1941 24 Horas de Sonho Diretor da Rádio
O Dia É Nosso Campos
1950 Estrela da Manhã  
1953 Balança, mas não Cai Primo Rico[2]
1957 De Pernas pro Ar  
1962 Copacabana Palace  
1965 A Falecida João Guimarães Pimentel
1967 Tarzan and the Great River Professor
Terra em Transe Don Julio Fuentes
Cara a Cara Hugo Castro
Na Mira do Assassinato Promotor
1968 Antes, o Verão Padrasto
Copacabana me Engana Alfeu
1969 O Bravo Guerreiro Péricles
1970 Salário Mínimo Roberto
1975 Blablablá Ditador
1978 A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água Quincas Berro D’Água
Tudo Bem Juarez Ramos Barata
1979 Amor Bandido Galvão
1986 Trancado por Dentro Bóris
1987 Exu-Pia, Coração de Macunaíma  

Citação

Paulo Gracindo – O tal de nome artístico foi criado para mim

“Uns me chamavam de Petrópolis, outros de Pelopes. A empregada me chamava de Envelope.”

Paulo Gracindo, que foi batizado como ‘Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo’, no palco mudou o nome Paulo Gracindo para facilitar a vida dos outros, como ele dizia a todos. / Fonte: Wikiwand

Paulo Gracindo

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo

(Rio de Janeiro, 16 de julho de 1911 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1995)

FONTES

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