DESTAQUES DO DIA
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FONTES
CIDADES ANIVERSIANTES
• Caiçara do Rio do Vento (RN)
• Fartura do Piauí (PI)
• Guimarães (MA)
• Pedra Preta (RN)
• Praia Grande (SP)
• Tiradentes (MG)
Datas, fatos e os nascimentos mais importantes no Brasil e no Mundo, em todos os dias do ano, ilustrado com fotos e curiosidades.
FONTE ► WIKIPÉDIA
▒ NASCIMENTOS
1736 — James Watt ▒ James Watt (Greenock, Escócia, 19 de Janeiro de 1736 — Heathfield Hall, Inglaterra, 25 de Agosto de 1819) foi um matemático e engenheiro escocês. Em sua homenagem, devido a suas contribuições científicas, a unidade de potência do “International System of Units” (SI) recebeu o seu nome. Construtor de instrumentos científicos, destacou-se pelos melhoramentos que introduziu no motor a vapor, que se constituíram num passo fundamental para a Revolução Industrial.
1798 — Auguste Comte ▒ Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (Montpellier, 19 de janeiro de 1798 — Paris, 5 de setembro de 1857) foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo, que trabalhou intensamente na criação de uma filosofia positiva.
1809 — Edgar Allan Poe ▒ Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica.
1839 — Paul Cézanne ▒ Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 — Aix-en- Provence, 22 de outubro de 1906) foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne “é o pai de todos nós”, deve ser levada em conta. Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio, influenciado por Delacroix.
1893 — Magda Tagliaferro ▒ Magdalena Maria Yvonne Tagliaferro, mais conhecida como Magda Tagliaferro (Petrópolis, 19 de janeiro de 1893 – Rio de Janeiro, 9 de setembro de 1986) foi uma pianista brasileira e francesa, considerada uma das grandes do século XX.
1931 — Ítalo Rossi ▒ Italo Balbo Di Fratti Coppola Rossi (Botucatu, 19 de janeiro de 1931 — Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2011) foi um ator brasileiro. Em 1959 formou a Companhia Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, e apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a peça O Mambembe, de Artur Azevedo.
1932 — Emmanuelle Arsan, Marayat Rollet-Andriane, nascida como Marayat Bibidh (Banguecoque, 19 de janeiro de 1932 – Chantelouve,12 de junho de 2005, foi uma romancista francesa de origem tailandesa. É mais conhecida pela personagem Emmanuelle (sob o pseudónimo Emmanuelle Arsan), uma mulher que está envolvida em uma exploração de sua própria sexualidade em diferentes circunstâncias. É a autora do livro Emmanuelle, the Joys of a Woman, uma autobiografia erótica que inspirou diversos filmes com título homônimo.
1933 — Luís Carlos Arutin, Luís Carlos Arutin (Barretos, 19 de janeiro de 1933 — Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 1996) foi um ator brasileiro. Reconhecido por suas atuações no teatro e na televisão, ficou conhecido por seus trabalhos em A Gata Comeu, Renascer e Campeão, que lhe rendeu o Prêmio APCA de melhor ator em televisão.
1935 — Maria Alice Vergueiro ▒ Maria Alice Monteiro de Campos Vergueiro, mais conhecida por Maria Alice Vergueiro (São Paulo, 19 de janeiro de 1935), é uma pedagoga, professora universitária e atriz brasileira de teatro com uma extensa carreira nos palcos, no cinema e na televisão.
1942 — Luiz Ayrão ▒ Luiz Gonzaga Kedi Ayrão (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1942) é um cantor e compositor brasileiro. Seus principais sucessos são as canções “O Lencinho”, “Porta Aberta”, “Nossa Canção”, “Águia na cabeça” e “Os Amantes”, esta última gravada em 1977 e que vendeu aproximadamente dois milhões de cópias.
1943 — Janis Joplin ▒ Janis Joplin foi uma cantora e compositora norte-americana. Considerada a “Rainha do Rock and Roll”, “a maior cantora de rock dos anos 1960” e “a maior cantora de blues e soul da sua geração”.
Ela alcançou proeminência no fim dos anos 1960 como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, como artista solo, acompanhada de suas bandas de suporte: a Kozmic Blues e a Full Tilt Boogie.
Janis Joplin
A revista Rolling Stone a considerou entre os 100 maiores artistas de todos os tempos.
Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 — Los Angeles, 4 de outubro de 1970)
1945 — Fio Maravilha ▒ João Batista de Sales, o Fio Maravilha (Conselheiro Pena, 19 de janeiro de 1945) é um ex-futebolista brasileiro. No Brasil, Fio Maravilha defendeu o Flamengo, o Paysandu, o CEUB de Brasília, a Desportiva Ferroviária do Espírito Santo e o São Cristóvão.
1946 — Dolly Parton ▒ Dolly Rebecca Parton (Sevierville, 19 de janeiro de 1946) é uma cantora, compositora, atriz e filantropa norte-americana mais conhecida pelo seu trabalho na música country. É considerada um dos maiores nomes na história da música mundial, sendo eventualmente reconhecida como “Rainha da Música Country”.
1950 — Miguel Paiva ▒ Miguel Paiva (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1950) é um cartunista, diretor de arte, escritor, autor de teatro, ilustrador, publicitário, diretor, roteirista e comentarista de televisão, roteirista de cinema e jornalista brasileiro. Começou a escrever aos dezesseis anos, para o Jornal dos Sports.
1963 — Luiz Caldas ▒ Luiz César Pereira Caldas (Feira de Santana, 19 de janeiro de 1963 ) é um multi-instrumentista, arranjador, produtor, compositor e cantor brasileiro conhecido como “O Pai do Axé Music”, por ter criado o gênero musical que criou um novo movimento no circuito baiano na década de 80.
1971 — Shawn Wayans, Shawn Mathis Wayans (Nova Iorque, 19 de janeiro de 1971) é um ator, DJ, produtor, roteirista, promoter e comediante americano. É conhecido por ter atuado no humorístico In Living Color, no seriado Dupla do Barulho e em filmes como Vizinhança do Barulho, Todo Mundo em Pânico, As Branquelas e O Pequenino.
1972 — Cynthia Falabella, Cynthia Lima Falabella (Belo Horizonte, 19 de Janeiro de 1972) é uma atriz brasileira. É filha do ator Rogério Falabella e da cantora Maria Olympia, além de irmã da também atriz Débora Falabella.
1978 — Thiago Lacerda, Thiago Ribeiro Lacerda (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1978) é um ator e dublador brasileiro.
1980 — Jenson Button ▒ Jenson Alexander Lyons Button MBE (Frome, 19 de Janeiro de 1980) é um automobilista britânico, campeão mundial de Fórmula 1 em 2009 pela equipe Brawn GP.
1989 — Dentinho, Bruno Ferreira Bonfim (São Paulo, 19 de janeiro de 1989), mais conhecido como Dentinho, é um futebolista brasileiro que atua como atacante.
1992 — Logan Lerman, Logan Wade Lerman (Beverly Hills, 19 de janeiro de 1992) é um ator norte- americano. Ele é mais reconhecido por interpretar o personagem-título da série de filmes de fantasia e aventura Percy Jackson (filmes) e o personagem Charlie no filme de drama adolescente, As Vantagens de Ser Invisível.
1992 — Agatha Moreira, Agatha Cerqueira Pereira Moreira (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1992) é uma atriz e ex-modelo brasileira.
1996 — Pedro Saback, Pedro Saback Saint Clair (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1996) é um artista brasileiro. Ficou conhecido pelo seu papel como protagonista da série Um Menino muito Maluquinho, interpretando o personagem de Ziraldo aos 10 anos de idade.
1998 — Giovanna Grigio, Giovanna Grigio dos Santos (Mauá, 19 de janeiro de 1998) é uma atriz, cantora, apresentadora e desenhista brasileira. Estreou na televisão como repórter mirim no programa O Melhor do Brasil, comandando o quadro “Galerinha”, mas tornou-se mais conhecida em 2013 ao ser a protagonista no remake brasileiro da telenovela Chiquititas.
Nara Leão
Nara Lofego Leão (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.
História
Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão, advogado, e Altina Lofego, professora. Pelo lado paterno era descendente de portugueses, dos Açores, e pelo materno era descendente de imigrantes italianos da vila de Castelluccio Superiore, na região da Basilicata, que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D’Amico e Lofiego).
Nara nasceu em Vitória e mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.[1]
Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo Os Oito Batutas, de Pixinguinha.
Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.[1]
Musa da Bossa Nova
A bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champs-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.[1]
Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra.
Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro por influência de Lyra.[1]
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963).
O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto.
Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, pois Nara precisara se afastar por estar afônica em consequência da poeira do teatro.
Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960.
De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE.
Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista.
Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.[1]
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O Barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto — feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
Tropicalismo
Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento – Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.[1]
Vida pessoal
Desde criança se interessava por música, e passou toda sua adolescência envolvida com música: reunia-se com amigos na praia ou em casa, tocava violão e escrevia letras.
Em 1957 teve seu primeiro namorado, Roberto Menescal, seu amigo da época de escola e que frequentava sua casa nas reuniões musicais. O relacionamento terminou de forma amigável em 1958.
Mesmo assim, Nara entrou em depressão e contraiu hepatite, proveniente de água contaminada. Após muito tempo afastada das aulas, decide abandonar os estudos no segundo ano colegial para se dedicar somente a estudar música.[1]
Neste mesmo ano de 1958 arrumou seu primeiro emprego: Como secretária de redação do “Tabloide UH”, caderno de utilidades comandado por Alberto Dines no jornal Última Hora, cujo dono era Samuel Wainer, marido de Danuza Leão e cunhado de Nara. Em menos de um ano, a jovem Nara foi promovida a repórter do tabloide.[1]
Ainda como secretária, Nara conheceu Ronaldo Bôscoli, redator, apesar de envolvido com a música, o que aproximou os dois. Ele passou a frequentar a casa de Nara nas rodas musicais.
Em 1959, Nara e Bôscoli começam a namorar.
Nesse período de namoro, Nara começa a se destacar como cantora. O namoro com Bôscoli terminou em 1960, quando ele a traiu com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires. A jovem rompe com Bôscoli, nem mesmo ficando sua amiga.
Ainda em 1960, já se apresentando pelo país com seu grupo de amigos em pequenos shows de bossa nova, conhece o cineasta moçambicano Ruy Guerra.
Os dois começaram a namorar no mesmo ano. Em 1961, Nara e Ruy foram viver juntos na casa dele. No ano seguinte, 1962, decidem casar-se numa pequena cerimônia civil.
Em 28 de março de 1963, lança-se profissionalmente no show Trailer do que seria o musical Pobre Menina Rica, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, na boate Au Bon Gourmet, em Copacabana.
O espetáculo tem muito boa receptividade de público e crítica permanecendo três semanas em cartaz. No final do mesmo ano, após três anos de namoro, Nara grava o seu primeiro disco, lançado em janeiro do ano seguinte, incluindo seus primeiros sucessos nacionais, como o samba Diz que fui por aí, dos compositores Zé Keti e Hortêncio Rocha.
Começa a se apresentar na televisão.[1]
Nesta época passa a se apresentar como cantora solo em boates do Rio, mas não se considerava ainda uma profissional.
Sua fama passou a crescer bastante, com novos discos surgindo, e ela rompe com a bossa nova, passando a cantar outros gêneros musicais, se interessando em cantar também samba de morro.
No começo fora criticada, por acharem que ela combinava com bossa e ter sempre que cantar bossa, mas depois fora muito aplaudida, pois sua musicalidade se encaixava em qualquer melodia.[1]
Em 1965, a cantora passa a ficar mais conhecida, não somente por sua belíssima voz, mas também por sua opinião sincera e polêmica sobre os assuntos que envolviam o país, como a ditadura, concedendo diversas entrevistas no rádio e na TV.[1]
Neste mesmo ano de 1965, Nara e Ruy se divorciam, devido a irreconciliáveis diferenças conjugais. Ela decide tirar férias, e viaja por toda Europa e Nova York, onde além de passear, fez terapia e cursos voltados a música e ao teatro. Nessa época começou a ganhar mais dinheiro ao trabalhar como apresentadora de programas de TV, paralelamente continuou a gravar discos e fazer shows. No fim de 1966, Nara conheceu e começou a namorar o cineasta Cacá Diegues. Em seis meses de namoro, o casal noivou.[1]
Em 1967 continua a participar de festivais de música e a fazer shows internacionais.
Em 26 de Julho de 1967 casou-se no civil e na igreja com Cacá Diegues, dando uma grande festa na residência de seus pais, e passa a assinar Nara Lofego Leão Diegues.
Decidiram morar em uma casa perto de suas respectivas famílias de origem.
Com a agenda cheia de compromissos profissionais, o casal adia a viagem de lua de mel, acabando por passá-la no Rio. No fim do ano, surge um convite para Nara cantar em Paris. Entusiasmada, leva o marido junto e lá eles passam a lua de mel. Os dois gostaram da cidade, a acharam romântica, e passaram a fazer planos de um dia viver na França. Ao voltar para o Rio, e por influência do marido, volta a fazer curso de teatro e começa a fazer participações como atriz no cinema.[1]
No ano de 1968 começa a apresentar musicais em teatros de Ipanema.
Também passa a se envolver mais com política, e junto com o marido, participa de protestos e manifestações públicas contra a ditadura.
Em 1969, Nara aparece cantando rapidamente no filme dirigido pelo marido, Os Herdeiros, assim como também Caetano Veloso. Diminui seus shows no Brasil, pois se vê ameaçada no país: O governo estava mandando prender alguns artistas, devido à censura. Recebe um convite e viaja para fazer uma temporada em Portugal. Neste ano sua carreira já a estava incomodando, pois não podia ir em nenhum lugar sem ser perseguida por fãs.
Estava visivelmente estressada.[1]
Em agosto de 1969, viaja para Londres, onde nas rádios e TV’s locais dá entrevistas dizendo que sua carreira de cantora está encerrada.
Ela e o marido voltam ao Brasil, na esperança de estar tudo mais calmo, como noticiavam as rádios. Assustada com informações de que poderia ser presa, ela e o marido viajam para Paris, onde compram uma casa e passam a morar.[1]
Em 1970 volta atrás em sua decisão de encerrar a carreira de cantora e passa a fazer pequenos shows pela Europa. No início do ano descobre estar grávida, o que é uma grande felicidade para ela e seu marido, Cacá. Ela não estava planejando ter filhos tão cedo, pois ainda queria ter mais tempo para se dedicar a sua carreira.
Os filhos
Em 28 de setembro de 1970, em Paris, onde o casal morava há alguns anos, nasceu a primeira filha de Cacá e Nara, Isabel Diegues.
Em abril de 1971, Quando a filha completou 7 meses de vida, Nara descobre estar novamente grávida, o que é uma enorme surpresa e emoção a ela e Cacá.[1]
Em 1º de janeiro de 1972, Nara e Cacá voltam a morar no Brasil, pois queriam ficar mais próximos da família, e a situação política do país já havia melhorado consideravelmente, não havendo mais risco de prisão de artistas. No dia 17 deste mesmo mês, no Rio, no bairro de Copacabana, nasce o segundo filho do casal: Francisco Leão Diegues.[1]
Nara passa a gravar algumas músicas e participar de pequenos festivais. Não quer mais a agitação da carreira que antes tinha, e passa a se dedicar exclusivamente ao marido e aos filhos.[1]
Ainda em 1972 ela faz um dos papeis principais do filme musical de Cacá Diegues, Quando o Carnaval Chegar.
Em 1973 participa como atriz de alguns filmes e passa a fazer pequenos shows pelo Brasil.
Neste ano, volta a estudar, e termina o último ano do colegial, atual ensino médio, antigo científico.[1]
Em 1974, grava alguns discos e participa de festivais. Passou no vestibular de Psicologia na PUC-RJ. Ser psicóloga era um antigo desejo que possuía, e seguiria esta profissão, caso não fosse cantora.
Agora que tinha diminuído seu ritmo de trabalho, passa a se dedicar aos estudos, filhos e casamento, sem deixar a música de lado.
Nara planejava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois considerava muito cansativa a vida de uma cantora, já que agora tinha uma família para se preocupar constantemente.[1]
No ano de 1975 fez poucos trabalhos, gravando e lançando apenas um disco, que foi sucesso de vendas, o que a fez ganhar o troféu de Melhor Cantora do Ano.[1]
Em 1976 não trabalhou, e tirou este ano para estudar e cuidar dos filhos, do marido e do lar.
Em 1977 volta com força, lançando novos discos, viajando o Brasil e participando de espetáculos, fazendo novas amizades no ramo musical, que lhe abriram portas, gravando música de outros cantores, também escrevendo e compondo suas melodias, e se apresentando em rádio e TV, inclusive fora do país.[1]
Por desentendimentos constantes nos últimos anos, Nara e Cacá se divorciaram em 1977, após 10 anos de casados, e assim a cantora voltou a usar seu sobrenome de solteira.
Ela saiu da casa do marido com os filhos e foi morar sozinha com eles em uma casa que tinha há alguns anos. Sua depressão voltou mais forte, e Nara voltou a fazer terapia e passou a se dedicar intensamente a música, fazendo seu sucesso aumentar a cada dia mais.
Ela não casou-se novamente, e durante os anos seguintes, aparecia na mídia sempre com algum namorado novo. No ano de 1978, divulgou discos e passa a fazer shows nacionais e internacionais.
Sua faculdade de psicologia foi interrompida para Nara manter sua agenda de cantora.[1]
Os problemas de saúde
Em 1979, enquanto fazia muito sucesso, passou por um episódio onde sentiu-se muito mal, com dores fortes de cabeça, tonturas e desmaiou, acabando internada. O verdadeiro motivo não foi identificado naquela ocasião e ocorreram diagnósticos conflitantes, desde causas psicológicas a problemas cardíacos, envolvendo a válvula mitral.
Apesar de seu emocional abalado, isso não a fez se entregar novamente a depressão: Nos anos 80 fez muito sucesso, viajando o Brasil e o mundo, lançando novos discos, gravando canções, atuando em musicais no teatro e fazendo parcerias musicais.
Nesta época viajou para o Japão, onde divulgou a Música Popular Brasileira.
De vez em quando passava mal em algum show, mas logo se restabelecia. Começa a fazer shows sozinha com seu violão, e também volta a se interessar por política, participando de eventos públicos a favor da eleição direta para presidente no Brasil.[1]
Em 1986 sua saúde piorou, passando a ter dores mais fortes de cabeça e esquecimento das coisas que fazia.
Isso acabou prejudicando sua carreira, pois Nara, por mais que ensaiasse, esquecia totalmente as letras de música, ou o repertório, durante algumas apresentações, o que a deixava muito constrangida e triste.
Sua dose de remédios fora aumentada, e após diversos exames, que nunca mostravam a causa de suas dores, descobriu-se, então, que o grande problema era um tumor maligno no cérebro. Sua natureza nunca foi determinada, nem o por quê se desenvolveu, já que para descobrir a causa do coágulo, seria necessário realizar uma biópsia, para extrair o tumor, mas ele se encontrava em uma área nobre do cérebro, a da fala, o que impossibilitaria qualquer intervenção no local. Caso fizesse qualquer procedimento no local, Nara poderia ficar em estado vegetativo, e parar de andar, falar, ouvir e enxergar.
Os médicos preferiram que ela tomasse medicações contínuas, em vez de arriscar uma cirurgia que poderia matá-la ou deixá-la inválida.
Assustada e muito deprimida, Nara passou a maior parte do ano em repouso, sendo cuidada pelo seu namorado Marco Antonio Bompet, seu secretário e produtor Miguel Bacelar e sua irmã Danuza Leão.
Apesar de estar doente, quando se sentia melhor fazia pequenos concertos pela Zona Sul do Rio. Só a música conseguia tirá-la do foco em seus problemas pessoais.[1]
Em 1987 e 1988, teve uma considerável melhora de saúde e passa a fazer temporadas de shows em casas noturnas do Rio, muitos deles em companhia de seu ex-namorado, Roberto Menescal, que tinha deixado suas funções de executivo da gravadora Polygram e voltara a atuar como músico.[1]
Morte
Ao voltar para o Rio, sua saúde piorou, com dores que não passavam nem com a medicação prescrita pelo médico.
A crise se deu após uma convulsão, quando a cantora precisou ser internada às pressas. Nara entrou em estado pré-comatoso e, pouco depois, em coma.
Após passar um bom tempo no hospital, o tumor repentinamente rompeu-se, e Nara teve uma hemorragia fatal, não havendo tempo hábil para que os médicos pudessem salvá-la.
A cantora morreu na Casa de Saúde São José, em 7 de junho, uma quarta-feira, ao meio-dia, e sepultada no Cemitério de São João Batista, também na capital fluminense.
Seu último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.[1]
Após a morte
Em 2002, seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas – uma com o período 1964-1975 e a outra 1977-1989 – trazendo também faixas-bônus e um livro sobre sua biografia.[1]
Em 2007, a cantora Fernanda Takai gravou o disco Onde Brilhem os Olhos Seus, interpretando canções típicas do repertório de Nara Leão, fazendo assim uma homenagem.
Em janeiro de 2012, seu acervo de fotografias, músicas e documentos foi digitalizado e aberto para consulta.[2]
Ainda em 2007 Nara foi homenageada no especial Por Toda Minha Vida da TV Globo.[3]
No início de 2022 a série documental “O Canto Livre de Nara Leão” estreou no Globoplay. Dividida em cinco episódios, a produção relembra a vida e a carreira da cantora, que completaria 80 anos em janeiro desse ano.[4]
Nara Leão
Nara Lofego Leão (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.
▒ EVENTOS HISTÓRICOS
- 1795 — Começa a funcionar a Escola Normal de Maestros, na França.
- 1803 — Editado decreto que autoriza a povoação da região de Cubatão, São Paulo, Brasil.
- 1853 — Estreia da ópera de Verdi Il Trovatore (O Trovador).
- 1861 — A Geórgia torna-se o quinto estado norte-americano.
- 1880 — O Congresso espanhol vota a abolição da escravidão em Cuba.
- 1899 — Chegam a Sevilha os supostos restos mortais de Cristóvão Colombo, transportados pelo trem Giralda.
- 1937 — Inauguração, em Salamanca, da Rádio Nacional da Espanha.
- 1949 — Cuba reconhece o Estado de Israel.
- 1951 — Inauguração da Rodovia Presidente Dutra.
- 1964 — Realização do plebiscito que culminou com a emancipação do município de Praia Grande (São Paulo), Brasil.
- 1966 — Indira Gandhi é eleita primeira-ministra da Índia, primeira mulher que ocupa o cargo.
- 1967 — Criado, oficialmente, por lei que referendou resultado de plebiscito ocorrido exatamente três anos antes, o município de Praia Grande (São Paulo), Brasil.
- 1978 — O último exemplar do Fusca sai da linha de montagem da Volkswagen em Emden. A produção do carro na América Latina duraria até 2003.
- 1981 — Os Estados Unidos e o Irã assinam um acordo que resulta na libertação de 52 norte-americanos mantidos como reféns por mais de quatorze meses.
- 1983 — A África do Sul volta a governar a Namíbia após cinco anos de governo semi- autônomo no país.
- 1983 — Lançado o computador pessoal (PC) Apple Lisa.
- 1991 — Inicia-se a segunda edição do mega-show Rock in Rio, realizado no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Contava com grandes atrações como Billy Idol e Engenheiros do Hawaii.
- 1992 — Zhelyu Zhelev chefe de Estado da Bulgária desde 1990, é ratificado em seu cargo nas urnas e se converte no primeiro presidente do país eleito democraticamente.
- 1993 — A Eslováquia e a República Tcheca tornam-se Estados-Membros da ONU.
- 2000 — A prática do topless é liberada formalmente pela Secretaria de Segurança da cidade do Rio de Janeiro.
- 2006 — É lançada da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, a sonda espacialNew Horizons, com a finalidade de explorar o planeta Plutão e seus satélites.
- 2012 — Governo dos EUA fecha Megaupload e prende seu fundador sobre acusação de violação de direitos autorais. A prisão ocorreu no momento em que os polêmicos projetos SOPA e o PROTECT IP Act, que tornam mais rígidas as leis antipirataria na internet, eram discutidos pelo congresso americano.
▒ FALECIMENTOS
1865 — Pierre-Joseph Proudhon, Pierre-Joseph Proudhon (Besançon, 15 de janeiro de 1809 — Passy, Paris, 19 de janeiro de 1865) foi um filósofo político e econômico francês, foi membro do Parlamento Francês e primeiro grande ideólogo anarquista da história para o anarquismo do Século XIX. É considerado um dos mais influentes teóricos e escritores do anarquismo, sendo também o primeiro a se autoproclamar anarquista, até então um termo considerado pejorativo entre os revolucionários e foi o líder intelectual dos anarquistas norte-americanos naquele século, além de ser o primeiro assumidamente anarquista da história. Foi ainda em vida chamado de socialista utópico por Marx e seus seguidores, rótulo sobre o qual jamais se reconheceu.
1869 — Carl Reichenbach, Carl (Karl) Ludwig Freiherr von Reichenbach (Stuttgart, 12 de fevereiro de 1788 — Leipzig, 19 de janeiro de 1869) foi um industrial, metalurgista, químico, naturalista e filósofo alemão.É mais conhecido pelas descobertas da querosene (essencial para o combustível de foguetes), parafina e fenol antisséptico (usado nos sprays bucais modernos). Reichenbach passou a última parte da sua vida desenvolvendo a teoria vitalista da força ódica, o princípio vital que, acreditava, envolve e liga todos os seres vivos, conceito que jamais obteve crédito entre os principais cientistas.
1958 — Cândido Rondon ▒ Conhecido como Marechal Rondon (Santo Antônio de Leverger, 5 de maio de 1865 – Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1958), foi um engenheiro militar e sertanista brasileiro, famoso por sua exploração de Mato Grosso e da Bacia Amazônica Ocidental e por seu apoio vitalício às populações indígenas brasileiras. Foi o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e estimulou a criação do Parque Nacional do Xingu.
1982 — Elis Regina ▒ Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 — São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. Conhecida por sua competência vocal, musicalidade e presença de palco, é considerada por muitos críticos a melhor cantora popular do Brasil a partir dos anos 1960 ao início dos anos 1980; para muitos, a melhor cantora brasileira de todos os tempos, comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.
FILME ‘ELIS’ – TRAILER
1998 — Carl Perkins, Carl Lee Perkins (Tiptonville, 9 de abril de 1932 — Jackson, 19 de janeiro de 1998) foi um cantor norte-americano de rockabilly, uma mistura de rhythm and blues e country music que desenvolveu-se na Sun Records em Memphis, Tennessee no começo dos anos 50. Foi considerado o 88º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
2002 — Vavá ▒ Edvaldo Izídio Neto (Recife, 12 de novembro de 1934 — Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2002), conhecido por Vavá, foi um futebolista brasileiro. Também apelidado de Peito de Aço, por sua forma briosa de atuar, e Vavá da Praia do Sport, devido ao Bicampeonato Pernambucano de 1949, iniciou sua carreira como meia nas categorias de base do América-PE em 1948, passando depois pelo Íbis e Sport.
2007 — Denny Doherty, Dennis Gerrard Stephen Doherty (Halifax, Canadá, 29 de Novembro de 1941 — Mississauga, Canadá, 19 de Janeiro de 2007) foi um cantor e compositor canadense, fundador e vocalista da famosa banda dos anos de 1960 The Mamas & The Papas.
2017 — Teori Zavascki, Teori Albino Zavascki GOMM (Faxinal dos Guedes, 15 de agosto de 1948 – Paraty, 19 de janeiro de 2017) foi um jurista, professor e magistrado brasileiro. Foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
▒ FERIADOS e EVENTOS CÍCLICOS
- Feriado do Timket na Etiópia.
- Festival de Thor, divindade dos relâmpagos e dos trovões na mitologia nórdica.
▒ TRAGÉDIAS da HUMANIDADE
- 1944 — Durante a Segunda Guerra Mundial, a força aérea britânica lança 2,3 mil toneladas de bombas sobre a capital alemã, Berlim.
▒ GALERIA de FOTOS
Dia da Caridade • 19 de Julho
“Todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: Fora da caridade não há salvação.” — Allan Kardec • “Fora da caridade, ou seja, fora do amor não há salvação. A caridade é o processo de somar alegrias, diminuir males, multiplicar esperanças e dividir a felicidade.” — Chico Xavier • “Nunca há excesso na caridade.”…
Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial • 71 Anos
A data celebra a aprovação da primeira lei brasileira contra o preconceito racial. A Lei 1.390, de 1951, ficou conhecida como Lei Afonso Arinos, por causa do jurista e político mineiro, autor da proposta. É a primeira lei contra o racismo no Brasil, que estabelecia como contravenção penal, a prática de preconceito por raça ou…

19 de Janeiro – Acontecimentos do Dia
☺ DESTAQUES DE HOJE ▒ NASCIMENTOS • James Watt • Auguste Comte • Edgar Allan Poe • Paul Cézanne • Magda Tagliaferro • Ítalo Rossi • Maria Alice Vergueiro • Luiz Ayrão • Nara Leão • Janis Joplin • Fio Maravilha • Dolly Parton • Miguel Paiva • Luiz Caldas • Jenson Button • Cândido…
19 de Julho • Dia Hoje • Edição 2022
Dia da Caridade ♦ CIDADE • Cristópolis (BA) 60 Anos ♥ Aniversário de Brian May 75 Anos • Benedict Cumberbatch • Jared Padalecki • Gislaine Ferreira • Marisol Ribeiro • Edgar Degas • Percy Spencer • Herbert Marcuse • Ricardo Corte Real • Anthony Edwards ♣ ÓBITOS • Clementina de Jesus • Dercy Gonçalves •…
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