Veja repercussão da morte do jornalista
Políticos e jornalistas lamentaram a morte do fundador do Observatório da Imprensa nesta terça.
Fonte: G1 | São Paulo –
Políticos e jornalistas lamentaram a morte do fundador do Observatório da Imprensa, Alberto Dines, nesta terça-feira (22).

Assista ao vídeo produzido pelo Observatório da Imprensa, em 2012, em homenagem aos 80 anos do jornalista Alberto Dines. Dines faleceu nesta terça-feira (22), aos 86 anos.
Dines morreu no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista, segundo nota do Observatório da Imprensa. Por decisão da família, o hospital não pode informar as causas da morte.
“É com profunda tristeza que a equipe do Observatório da Imprensa comunica o falecimento de seu fundador, Alberto Dines (1932-2018), na manhã de hoje no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Estamos preparando uma edição especial sobre o legado do Mestre Dines a ser publicada em breve”, diz nota.
Veja repercussão:
O presidente Michel Temer (MDB) afirmou que Dines “criou uma geração de jornalistas comprometidos com a correção da informação”.
A deputada e jornalista Manuela D’ávila (PCdoB) afirmou que “o jornalismo, que vive uma fase tão difícil, perdeu uma de suas vozes mais cultas, talentosas e críticas”.
Amigo de Dines, o jornalista Juca Kfouri lamentou a morte e disse que
Amigo de Dines, o jornalista Juca Kfouri lamentou a morte e disse que Dines “vinha sofrendo muito já faz tempo e sua morte interrompe dias que não lhe faziam justiça. É curioso. O descanso dele, pelo qual torci, não consola agora”.
A deputada Jandira Feghali disse que o jornalista “marcou história ao se rebelar ironicamente contra a Ditadura”.
O colunista do Globo, Bernardo Mello Franco, disse que Dines “driblou a censura e produziu a primeira página mais brilhante do “Jornal do Brasil”.
Em nota, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou que “hoje é um dia triste para a imprensa brasileira. Com a perda de Alberto Dines, nos despedimos de um brilhante jornalista, que nos mais de 60 anos de carreira dirigiu e lançou alguns dos principais títulos de comunicação impressa do País. Dines também compartilhou seu talento em sala de aula, quando lecionou em escolas de jornalismo no Brasil e nos Estados Unidos. Meus sentimentos à sua família e aos seus colegas do Observatório da Imprensa, onde, com bastante propriedade, dedicava-se a analisar o trabalho dos veículos de comunicação”, diz o texto.
O deputado Chico Alencar (PSOL) disse que Dines “foi o 1º grande ombudsman do Brasil” e que “fará falta”.
A historiadora da USP, Maria Aparecida Aquino, citou o que Dines escreveu em seu prefácio para o seu livro.
“A mais bela pena da imprensa escrita brasileira hoje nos deixa mais pobres e mais tristes: morreu Alberto Dines. Em 1999, deu-me a honra de prefaciar o meu livro.
“Que parem os relógios, cale o telefone,
jogue-se ao cão um osso e que não ladre mais,
que emudeça o piano e que o tambor sancione
a vinda do caixão com seu cortejo atrás.
Que os aviões, gemendo acima em alvoroço,
escrevam contra o céu o anúncio: ele morreu…”
Funeral Blues, W. H. Auden, 1936″
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