Os Estados Unidos, nosso segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China, elegeu um presidente que irá trabalhar em cima do protecionismo do seu mercado interno, para gerar empregos por lá.
Nossas exportações poderão diminuir, e a necessidade por novos mercados, já é imediata segundo analistas.

Como a vitória de Trump afeta os seus investimentos
Anúncio do novo presidente dos Estados Unidos provocou a queda dos índices de ações ao redor do mundo e alta do dólar. O que o investidor deve saber
São Paulo – Contrariando pesquisas de intenções de voto, o anúncio da eleição do bilionário Donald Trump à presidência dos Estados Unidos na manhã desta terça-feira (9) surpreendeu muitos analistas e provocou um verdadeiro rebuliço no mercado financeiro global.
Isso porque o candidato republicano, empresário sem carreira prévia na política e dono de um discurso protecionista, provoca incertezas sobre como deve guiar a economia da maior potência mundial nos próximos quatro anos.
Mas de acordo com o professor de economia da USP, Luiz Jurandir Simões, declarações radicais de Trump, que assustaram muita gente durante a corrida eleitoral, não são motivos para pânico. “A leitura de que a eleição será uma tragédia é um pouco ingênua. Temos de separar o candidato, que precisa fazer declarações bombásticas para conquistar votos, do presidente eleito”.
Para ele, o sistema econômico e político americano tem mecanismos de controle suficientes para não permitir que o presidente governe sozinho.
Mesmo que o partido do novo presidente tenha obtido maioria no Congresso americano, Simões aponta que os próprios republicanos devem pressionar Trump. “Durante a corrida eleitoral outros nomes do partido já vinham colocando uma faca no pescoço do candidato”.
Ainda assim, Simões afirma que tensões poderão acontecer. “Trump pode ser mais agressivo em negociações comerciais e ceder menos em questões geopolíticas do que Obama, por exemplo”.
Ou seja, apesar de o primeiro discurso do presidente eleito ter sido conciliador, o que atenuou a queda das bolsas americanas nesta manhã, o vai e vem do mercado financeiro deve continuar intenso até que Trump dê sinais mais claros de como deve executar o seu programa de governo, de acordo com analistas ouvidos por EXAME.com.
Afinal, como a eleição de Trump afeta as suas decisões de investimentos? Veja as respostas:
1) Investimentos conservadores devem ser priorizados no curto prazo
Paulo Gomes, estrategista da gestora de investimentos Azimut, recomenda que o pequeno investidor que já tenha uma carteira de investimentos não realize mudanças em um primeiro momento até que a equipe e as primeiras medidas do novo governo sejam anunciadas.
Para quem deseja começar a investir agora, Gomes indica aplicações com prazo maior do que um ano, quando o cenário político já deve estar mais claro tanto no Brasil como nos Estados Unidos, o que reduz a chance de o investimento sofrer oscilações e dar prejuízo.
Já para quem pode precisar do dinheiro aplicado antes desse prazo, a recomendação são títulos de renda fixa pós-fixados atrelados à taxa CDI, usada como referência para investimentos de renda fixa e que tem comportamento semelhante à Selic. “Mesmo que os juros tenham começado a cair no Brasil as taxas continuam atrativas. O investimento garante o poder de compra do investidor neste cenário”.
2) Mercado de ações exige cautela
O investidor moderado, que esteja disposto a tomar um pouco mais de risco, pode aplicar uma parte pequena de seus investimentos na bolsa de valores, visando o médio e longo prazo.
Nesse caso, é preferível optar por papéis de empresas brasileiras mais imunes às oscilações por serem menos dependentes do comércio com os Estados Unidos. Um exemplo são papéis do setor financeiro, tanto de bancos nacionais como administradoras de cartões.
Na outra ponta, é aconselhável evitar a compra de ações de empresas que podem sofrer mais com eventuais medidas protecionistas que podem ser anunciadas por Trump, como as que exportam produtos para os Estados Unidos.
3) Aplicações atreladas ao dólar devem ser evitadas
Gomes, da Azimut, também desaconselha o investimento em fundos de ações americanas ou outros ativos em dólar agora. “A moeda americana pode se enfraquecer nos próximos quatro anos por conta do plano de Trump de cortar impostos. Essa medida pode descontrolar as finanças do país e provocar uma fuga de investidores locais, o que desvaloriza a moeda”.
Para quem quer diversificar investimentos no exterior, o estrategista recomenda ativos asiáticos ou de empresas multinacionais globais que atuam em setores de menor volatilidade, como o farmacêutico.
Compra de dólar para viagens deve ser feita agora
Quem precisa comprar dólar para utilizar em uma viagem internacional nos próximos meses deve comprar a moeda aos poucos a partir de agora, como forma de reduzir as chances de perdas.
No curto prazo, a tendência é de que a moeda americana se valorize com relação ao real enquanto houver dúvidas sobre o governo eleito. André Perfeito, economista-chefe da corretora Gradual, elevou sua expectativa de alta da moeda americana de 3,30 para 3,60 reais no final deste ano.

Os Principais Parceiros Comerciais do Brasil
O maior parceiro comercial do Brasil é China, depois segue o ranking Estados Unidos, Argentina e Alemanha. Confira abaixo as posições e os principais produtos comercializados.
1º lugar: China
O Brasil importou mais de U$34 bilhões de dólares de produtos chineses em 2012. Foram quase 5% a mais que no ano de 2011. O que tem colaborado a negociação entre o Brasil e China são os incentivos do governo. Para as exportação do Brasil aumentarem ainda falta que a estrutura do nosso país melhore, principalmente na parte portuária, logística e custos.
O Brasil é o maior exportador de soja para a China. Outro produto exportado para a China foi o óleo de soja. A soja e o óleo do soja fazem parte da mesa dos chineses, por isso eles consomem muito o produto e necessitam da importação.
O minério de ferro também foi bastante exportado para a China, pois é usado na fabricação do aço no qual possui muita procura no país.
As principais empresas exportadoras em 2002 para a China foram: ADM Exportadora e Importadora AS, Bunge Alimentos AS, Cargill Agrícola SA, Cia. Vale do Rio Doce, Minerações Brasileiras Reunidas AS e Samarco Mineração AS.
Já os principais produtos que o Brasil importou da China foram: – materiais eletro-eletrônicos, máquinas e combustíveis minerais.
2º lugar: Estados Unidos
As exportações brasileiras para os Estados Unidos são principalmente os produtos industrializados dentre os manufaturados e os semifaturados.
Os principais produtos exportados em 2011 foram: óleos brutos de petróleo,café torrado, produtos de ferro e aço, ferro fundido bruto e pasta química de madeira.
3º lugar: Argentina
Em 1991, o comércio entre o Brasil e a Argentina tem apresentado notável expansão devido a assinatura do Tratado de Assunção.
4º lugar: Alemanha
A Alemanha foi o 4º principal parceiro comercial do Brasil em 2012.
Nas exportações da Alemanha para o Brasil, destacaram-se os bens de capital para a indústria e as matérias-primas e produtos intermediários para a indústria.
Entre 2008 e 2012, o intercâmbio comercial brasileiro com o país cresceu somente 3%, passando de US$ 20,9 bilhões, para US$ 21,5 bilhões.
As exportações do Brasil para a Alemanha corresponde principalmente dos produtos básicos. Pode-se destacar o café, o chá, minério de ferro, sementes, grãos, pedras preciosas e ouro.
Já os produtos que o Brasil mais importou da Alemanha foram os manufaturados (máquinas e automóveis) representando mais de 90%.
Fonte: Países e Viagens

China segue como principal parceiro comercial do Brasil
Exportações de soja foram grande destaque das vendas brasileiras para o país asiático
Agência Estado – 03/06/2016
O Brasil apresentou novamente maior saldo comercial positivo entre os parceiros com a China no acumulado do ano, seguindo movimento observado no primeiro quadrimestre.
De janeiro a maio, o montante ficou em US$ 6,473 bilhões ante déficit de US$ 687,394 milhões de igual período do ano passado. Outra vez, o resultado foi impulsionado pelas vendas da soja nacional ao mercado.

A oleaginosa adquirida pela China gerou receita para o Brasil de US$ 8,388 bilhões, alta de 26,59% ante os cinco primeiros meses de 2015. A participação da commodity nas exportações totais do Brasil à China, que somaram US$ 15,694 bilhões, foi de 53,45%. O segundo item brasileiro mais vendido aos chineses foi minério de ferro e seus concentrados, com receita de US$ 2,308 bilhões, queda de 5,83%, seguido de óleos brutos de petróleo, com cifra de US$ 1,260 bilhão, recuo de 28,50%.

Nas importações de produtos chineses pelo Brasil, que somaram US$ 9,221 bilhões no acumulado do ano até maio, o destaque ficou com plataformas de perfuração ou de exploração, com US$ 625,774 milhões, alta de 48,60%. Na sequência vieram circuitos impressos e outras partes de telefonia, com cifra de US$ 497,607 milhões, queda de 34,57% e partes e acessórios de máquinas automatizadas para processamento de dados, com US$ 275,986 milhões, recuo de 41,64%.

Já Países Baixos (Holanda) foi o mercado com o qual o Brasil teve o maior segundo saldo comercial positivo de janeiro a maio, com receita de US$ 3,204 bilhões ante superávit de US$ 2,639 bilhões do mesmo período de 2015, mantendo a posição anterior. Na pauta de exportações, tubos flexíveis (de ferro ou de aço), com receita de US$ 610,060 milhões, alta de 67,41%, continuaram sendo o principal item nacional vendido ao país. Destaque também para farelo e resíduos da extração de óleo de soja, com receita de US$ 520,178 milhões, avanço de 8,47%, e celulose, com US$ 358,007 milhões, aumento de 5%.
A Argentina também manteve o lugar, de terceiro maior saldo positivo comercial com o Brasil, com US$ 1,872 bilhão nos cinco primeiros meses deste ano ante US$ 684,034 milhões do mesmo período de 2015. A receita com exportação brasileira à Argentina aumentou 2,27%, para US$ 5,320 bilhões, puxada por automóveis de passageiros, com montante de US$ 1,363 bilhão, avanço de 45,71%. Na sequência ficaram veículos de carga, com US$ 367,124 milhões (+26,24%) e partes e peças para veículos automóveis e tratores, com US$ 352,289 milhões (-34,55%). Nas importações, automóveis de passageiros foram os produtos mais comprados pelo Brasil da Argentina, com US$ 567,578 milhões (-32,67%), seguido de veículos de carga, com US$ 551,192 milhões (-26,39%) e trigo em grãos, com US$ 276,521 milhões (-36,43%).

Exportações
Após China, a maior receita que o Brasil teve com exportações foi com os Estados Unidos. O montante gerado de janeiro a maio foi de US$ 8,607 bilhões, queda de 10,98%, impulsionado pelas vendas de aviões. As operações com esse item levantaram receita para o Brasil de US$ 1,005 bilhão, avanço de 8,52%. Já o terceiro maior mercado nesse sentido foi a Argentina.

Importações
Nas importações, a China também liderou, com compras pelo Brasil de US$ 9,221 bilhões, recuo de 36,06%. O segundo maior mercado das importações brasileiras foram os Estados Unidos, com divisas de US$ 9,176 bilhões, queda de 22,01%. O principal item comprado do mercado foram partes de motores e turbinas para aviação, com US$ 699,428 milhões (-2,92%). O terceiro maior mercado continua sendo a Alemanha, com US$ 3,702 bilhões, diminuição de 18,99%, com destaque para medicamentos veterinários e para saúde humana, com US$ 366,995 milhões (-19,64%).

Regiões metropolitanas por PIB
Maiores cidades por PIB do Brasil
PIB nominal no ano de 2012 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[66]
1 | São Paulo | São Paulo | 786 499 000 | 11 | Vitória | Espírito Santo | 60 627 000 |
2 | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro | 322 853 000 | 12 | Fortaleza | Ceará | 60 578 000 |
3 | Brasília | Distrito Federal | 184 805 000 | 13 | Santos | São Paulo | 60 076 000 |
4 | Belo Horizonte | Minas Gerais | 149 375 000 | 14 | Manaus | Amazonas | 53 204 000 |
5 | Porto Alegre | Rio Grande do Sul | 116 936 000 | 15 | Sorocaba | São Paulo | 48 393 000 |
6 | Campinas | São Paulo | 109 922 000 | 16 | Goiânia | Goiás | 45 816 000 |
7 | Curitiba | Paraná | 103 679 000 | 17 | Joinville | Santa Catarina | 39 236 000 |
8 | Recife | Pernambuco | 75 889 000 | 18 | Belém | Pará | 26 851 000 |
9 | Salvador | Bahia | 72 929 000 | 19 | Itajaí | Santa Catarina | 26 620 000 |
10 | São José dos Campos | São Paulo | 65 644 000 | 20 | Florianópolis | Santa Catarina | 26 009 000 |
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