JCNet – BAURU, terça-feira, 17 de março de 2015 – Edição 16409
Peça ‘Nós que te amamos tanto’ propõe reflexão sobre as consequências da dependência química
CINTHIA MILANEZ
Maria pensou que teria um casamento feliz. No entanto, a dependência do marido em álcool e drogas fez com que essa expectativa caísse.
Com personagens fictícios, mas histórias reais, o monólogo “Nós que te amamos tanto” apresenta a trajetória de um casal sob a perspectiva de uma esposa desesperada.
O espetáculo será hoje, em evento a partir das 13h30, no Teatro Municipal de Bauru. Em 45 minutos, a atriz Silvia Morbi (foto ao lado) se vestirá de Maria e contará tudo o que a personagem sofre junto ao marido, que começou a beber cerveja e chegou até a fumar crack.
O roteiro é baseado em depoimentos de famílias de dependentes químicos que já passaram por situações semelhantes. “Em um primeiro momento, coletamos depoimentos no Alcóolicos Anônimos (AA) de Santa Cruz do Rio Pardo”, explica Silvia, que encena a peça há mais de 20 anos.
O espetáculo começou com vários quadros, em que cada ator da Companhia de Teatro Amor e Arte contava uma história diferente. Com o passar do tempo, virou um monólogo. Um jogo de luz ali e uma trilha sonora acolá serão responsáveis por marcar a passagem de um caso para outro, todos interpretados por Silvia Morbi e dirigidos por Plínio Rhigon. O intuito do monólogo é colocar o público no lugar de Maria e propor uma reflexão sobre o fato de a dependência química atingir toda a família do usuário de drogas lícitas ou ilícitas. “É um mal que assola a sociedade, destrói famílias, corrompe sonhos e afronta a dignidade humana”, diz Silvia.
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