“É destino de toda verdade ser objeto de ridículo quando exposta pela primeira vez. Era considerado idiotice se supor que homens negros eram realmente seres humanos e tinham que ser tratados com tal. O que uma vez foi considerado estupidez foi reconhecido como verdade. Hoje em dia é considerado exagero se proclamar constantemente o respeito por cada forma de vida, como sendo uma séria exigência de uma ética racional. Mas virá o dia em que as pessoas ficarão espantadas com o fato de que a raça humana existiu por tanto tempo antes de reconhecer que lesar uma vida irrefletidamente é incompatível com a verdadeira ética. Ética é, sem ressalvas, responsabilidade por tudo o que tem vida.” – Albert Schweitzer (ver mais citações)
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- – It is the fate of every truth to be an object of ridicule when it is first acclaimed. It was once considered foolish to suppose that black men were really human beings and ought to be treated as such. What was once foolish has now become a recognized truth. Today it is considered as exaggeration to proclaim constant respect for every form of life as being the serious demand of a rational ethic. But the time is coming when people will be amazed that the human race existed so long before it recognized that thoughtless injury to life is incompatible with real ethics. Ethics is in its unqualified form extended responsibility to everything that has life.
- – Civilization and ethics – página 255, Albert Schweitzer – A. & C. Black, ltd., 1923 – 298 páginas
- – It is the fate of every truth to be an object of ridicule when it is first acclaimed. It was once considered foolish to suppose that black men were really human beings and ought to be treated as such. What was once foolish has now become a recognized truth. Today it is considered as exaggeration to proclaim constant respect for every form of life as being the serious demand of a rational ethic. But the time is coming when people will be amazed that the human race existed so long before it recognized that thoughtless injury to life is incompatible with real ethics. Ethics is in its unqualified form extended responsibility to everything that has life.
Albert Schweitzer
(14 de janeiro de 1875, Kaysersberg, na Alsácia, então parte do Império alemão (hoje uma região administrativa francesa) – 4 de setembro de 1965, Lambaréné, Gabão)
Teólogo, músico, filósofo e médico alsaciano
Descendente de uma linhagem de importantes políticos locais, Albert Schweitzer foi filho de Louis Schweitzer, cujo pai era Philippe-Chrétien Schweitzer, prefeito de Pfaffenhofen, na Alsácia.
Albert era primo do filósofo francês Jean-Paul Sartre. Sobre as obras de Sartre,, Albert diria mais tarde, segundo Cohen-Solal (biógrafa de J.P. Sartre), que “todas as opiniões são respeitáveis quando são sinceras, e por conta disso Deus seguramente o perdoará”.
Vida e obra
Formou-se em teologia e filosofia na Universidade de Estrasburgo, onde, em 1901, o nomearam docente.
Tornou-se também um dos melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na construção de órgãos.
Aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não era suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço.
Dirigiu sua atenção para os africanos das colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.
Em 1905 iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir para Lambaréné, no Gabão, onde uma missão necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia, a carência de remédios e instrumental insuficiente.
Tratava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo.
Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a França, como prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da guerra confinados num campo de concentração. Nesse período, Albert escreve sobre a decadência das civilizações.
Com o final da guerra, retoma seus trabalhos e, ante a visão de um mundo desmoronado, declara: “Começaremos novamente. Devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”.
Realiza uma série de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra na África. Torna-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do continente, porém, a fama não o afasta dos seus projetos e sonhos.
Após sete anos de permanência na Europa, parte novamente para Lambarené. Dessa vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital é levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de profissionais, Schweitzer pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares.
Foi laureado em 1952 com o Prêmio Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “grande homem”.
Morreu em 4 de setembro de 1965, em Lambaréné, no Gabão.
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Teologia, filosofia, música, medicina | |
Nacionalidade | ![]() ![]() |
Nascimento | 14 de janeiro de 1875 |
Local | Kaysersberg, Alsácia-Lorena,Alemanha (agora Alto Reno,França) |
Morte | 4 de setembro de 1965 (90 anos) |
Local | Lambaréné, Gabão |
Atividade | |
Campo(s) | Teologia, filosofia, música, medicina |
Prêmio(s) | Prêmio Goethe (1928) Nobel da Paz (1952) |
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